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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Exclusão - Uma controversa forma de amar


“Já determinei que o que tal ato praticou, (...) seja entregue a Satanás para a destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus. Não vos associeis (...); com o tal nem ainda comais. Tirai, pois, dentre vós a este iníquo” (1 Corintios 5:3,5,11,13).



Afastamento; Banimento; Excomunhão - Nomes para uma punição eclesiástica que priva o membro do uso dos sacramentos e exercícios e, até mesmo, da comunicação com os irmãos de fé. No linguajar mais peculiar é tirar ou ‘cortar’ a liberdade de alguém na igreja.

No filme “O Segredo” (The Shunning) esta medida disciplinar é aplicada a Katie, considerada uma rebelde por não seguir os costumes ou ensinamentos de sua igreja, mas na verdade, uma menina sonhadora, corajosa e que agia de acordo com seus sentimentos. O final do versículo 11 do capítulo 5 da primeira carta de São Paulo aos coríntios é citado dessa forma: “Com o tal nem se deve comer”. A jovem fora excluída da igreja e sua própria família não conversava com ela e, tampouco, podia se sentar à mesa com eles.

Uma das cenas mais emocionantes do filme é quando a mãe de Katie quebra os votos de exclusão e a proibição de conversar com ela para fazer confidências à filha. Devido a evolução dos acontecimentos, numa despedida gelada e triste, sem ao menos um abraço, o pai de Katie lhe dirige a palavra sem encarar a filha. Estava desconsertado com a situação e a imposição da igreja que deveria seguir. Para a mocinha amish sua presença bastou e o ombro do pai deu conforto e sentiu a gratidão da filha.

Desde o início da igreja apostólica existe esta prática e a grande maioria dos grupos denominacionais utiliza-se dela para manter o “rebanho puro”, e o fazem dizendo amar o excluído. Pergunto-me se estariam as igrejas agindo de acordo com a recomendação bíblica porque mais vi pessoas se afastarem do que se retratarem. Mais vi os joelhos desconjuntados serem quebrados do que endireitados. Para mim, excluir ou tirar a liberdade de alguém sempre foi uma controversa forma de amar.

No filme quem acaba se retratando e pedindo perdão são os pais de katie. Acredito que para muitos os líderes ou ministério da igreja devem desculpas e serão responsabilizados por suas almas (Hb 13:7,17).


“E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado” (Hebreus12:11-13).



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